sábado, 12 de agosto de 2006

Passeio

É uma tarde tranqüila, no parque, pode-se ouvir os pássaros e mesmo o vento. Érica está sentada no terceiro banco à direita do cajueiro, com um livro no colo e óculos no rosto, como faz em todas as tardes, salvo as chuvosas. Mal sabe o que lê, na realidade sua atenção aguarda a vinda dos rapazes do futebol, que trazem consigo a razão de ela estar ali.

Restam apenas minutos para a chegada deles. Ela já ouve a algazarra e os gritos, vindos de não muito longe, e agora já pode vê-los com seus uniformes e proteções. Ansiosa, Érica finge continuar lendo despreocupadamente, mas não segue com essa farsa por muito tempo; antes mesmo dos jogadores chegarem, guarda o livro na bolsa e se aproxima do campo.

Os rapazes a cumprimentam com sorrisos e acenos, chamando-a para mais perto enquanto ela se recusa, preferindo permanecer do lado de fora do alambrado. Andrey se aproxima dela com o vagar de quem aguarda essa aproximação todos os dias, na esperança de enfim ser notado. Entretanto pára, incrédulo, ao perceber que ela se dirige até ele, com um largo sorriso no rosto.

Ele responde esse sorriso de forma um tanto tímida, esboçando um sorriso corriqueiro, despreocupado. Sorriso esse que se esvai de seu rosto, quando Érica passa por ele sem fazer menção de um cumprimento, seguindo até uma outra pessoa. Sorriso esse que volta, amarelo e pálido, a sua face, quando ele corre até o gol, fingindo estar tudo bem.

Érica se dirige, decidida, até o banco onde se encontra Daniela, irmã de Andrey. Senta-se ao seu lado e recebe um longo abraço de boas vindas. Abraço esse que cria uma atmosfera de iminência e angústia, como se algo estivesse para acontecer. Elas se levantam e vão passear pelo parque. Conversam, animadas, como sempre fizeram em todo o curso da amizade que já há tantos anos existia, brincam e tomam um sorvete. O dia está mesmo muito quente e, por isso, talvez, a sensação de aperto e ansiedade que ambas sentem em seus íntimos.

A tarde acaba e todos têm de voltar para casa. Outra vez, ficou para depois, mas ainda vão se ver à noite...

13 comentários:

Anônimo disse...

Ser... Estar... Pensar...
Ficar...Esperar... Imaginar...

Nada dura para sempre...

Sorrir... Ir... Agir...
Valer... Crer... Saber...

Que um dia...
Quando o sol nascer...

Poderemos simplesmente... Ser!

Anônimo disse...

escreve umas coisas mais curtinhas!
XP

Anônimo disse...

olha! não sabia desse talento da rebek!

tá bom! num tá perfeito, mas q é bom, é!

tem continuação?

=]

Anônimo disse...

Sono nao me permitiu ler =(

BJos bek ;*

Anônimo disse...

Bek... dessa vez você se superou...
\o/

Esse texto me fez pensar e refletir sobre muitas coisas...

Te amo e te adoro!!!

Anônimo disse...

Escreve a continuação? Pleeease!
Hehehehe...
Você gostou mesmo de deixar suspenses no ar, né?
Mas tá muito bom o texto, maninha!
=********

Anônimo disse...

Tbm ia achar legal se você continuasse... mas algo em diz que o que você queria era exatamente deixar em aberto... ;)

Tá ótimo! Beeeijos!

Rafael Castelo Branco de Oliveira Torres disse...

Tem duas histórias sendo contadas ali, basicamente. Ambas sem fim. Mas uma é claramente secundária. Ela só existe pra tornar a principal mais forte... E, na minha opinião, nada irá se resolver nesta noite. Os personagens têm perfis de pessoas "patetas" que vão continuar apenas enrolando sem tomar qualquer decisão. Acho que esse é o destino deles todos...

=***

Anônimo disse...

é a noite que as coisas acontecem... (6)

Anônimo disse...

(8)we only came out at night
(8)The days are much too bright
(8)We only came out at night

Bjos...

Anônimo disse...

Amo-te em todas aquelas linguas...e principalmente na sua ^^

Anônimo disse...

Eu quero uma tarde tranquila no parque...
Uma tarde que encontre vc...
Cada dia melhor nega... go não parar de evoluir!
Beijo!

Anônimo disse...

hei!
vou falar uma coisa q vc ja sabe!
lindo como todos!
te dollo bju!

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