sábado, 12 de agosto de 2006

Auto - estrada

Chovia bastante naquele momento. As luzes do carro estavam ligadas; os vidros levantados e o rapaz, totalmente molhado, fora do veículo. Na escuridão daquela noite, na estrada, ele acenava com desespero para os carros que trafegavam em sentido contrário. De repente, porém oportunamente, pára um carro.

De dentro do automóvel, uma moça pergunta o que houve e, obtendo a resposta, oferece carona até uma cidade próxima. Ele sorri com gratidão, entra no veículo e apresenta-se a sua bem-feitora como Jota. Era um rapaz jovem, não mt bonito, porém tão simpático que isso não importava e, mesmo, passava despercebido.

O rádio estava ligado, mas devido à forte chuva, não sintonizava bem. Ouvia-se chiados e interferências da rádio policial. Ela apressou-se em desligar o rádio, para que pudesse escutar melhor o que seu passageiro falava. Eles conversavam animadamente, comentavam sobre os perigos da estrada a essas horas da noite.

Jota agradecia, repetidas vezes, a compaixão da motorista que, agora ele já sabia, se chamava Rosa e vinha de uma visita aos pais, que moravam no interior. Aos poucos foram ficando mais íntimos, trocando olhares. Tudo impelia a essa situação de cumplicidade. Estavam os dois, sozinhos, em um carro, no meio da estrada, com uma chuva forte caindo do lado de fora. Jota aproximou-se de forma calculada e Rosa não percebeu essa aproximação até estar totalmente embebida das palavras divertidas e sorrisos charmosos do rapaz. Não demorou muito para que estivessem aos beijos, dentro do carro, estacionado no acostamento da estrada...

Chovia bastante naquele momento. As luzes do carro estavam ligadas; os vidros levantados e o rapaz, totalmente molhado, fora do veículo. Na escuridão daquela noite, na estrada, ele acenava com desespero para os carros que trafegavam em sentido contrário. Um conversível azul parou e uma moça ofereceu carona até a cidade mais próxima.

No carro, a moça ouvia música no rádio, mas irritou-se, pois havia a constante interferência da rádio policial. Desligou o rádio e deu atenção ao rapaz no banco do carona.

Na manhã seguinte, foram encontradas sete mulheres. Ambas, estupradas, espancadas, nuas e mortas. No banco traseiro de seus carros, com todos os documentos, jóias e cartões de crédito. Os carros, estacionados no acostamento da auto-estrada, estavam com as luzes acesas e os vidros levantados.

11 comentários:

Anônimo disse...

Maninha!!! Realmente um final inesperado pra mim, hehehe...
Caraca, vc é muito boa escritora! Sério mesmo!
Adorei!! Muito psicótico, mas enfim... realmente MUITO bom! ^^
Continue escrevendo.
=*****

Anônimo disse...

Um conto muito bom, se mais elaborado pode se tornar uma grande história, já escreveu alguma história completa? Eu não consigo, eu paro e vou escrever outra coisa, depois fico com várias histórias não terminadas =(

Anônimo disse...

heeeeeeey!!! tinha que ser o jota? ¬¬

tá..é legal o texto, mas se não fosse o jota seria melhor.. :p

Anônimo disse...

Oie!
To com saudade!
Queria escrever que nem vc. nh[a
hehe

=**********

Anônimo disse...

Realmente eu naum sei mt o q falar, mas ficou mt bom!!!Faz a gente pensar sobre varios outros finais,mas nenhum como esse!!
Mt bom!!!Adorei!!!
Beijaum!!!!

Anônimo disse...

*medo*

Não pego carona a noite...


Muito bem contado... vejo uma futura membro da ABL aqui... :p

Anônimo disse...

caramba, eu achava q ia ser um conto romantico, depois uma bela historia de sexo e acabou nessa putaria! ;P haiouahhuiheuihahe
e pq sete mulheres?¿
;X
mas eu achei legal!
^^

Anônimo disse...

PHoooooDDa!!! \o/

Ótimo, Bek! Pô, tu escreve muito bem... não quer ser efetivada pra dar aula de redação e literatura na Escolinha, não? ^_^

Outro convite: topa escrever algo junto, ou contribuir com algo já começado? ;)

Beeeijo! ;******

Anônimo disse...

Show de bola! História altamente bem estruturada, com um enredo intrigante e um final alucinante! Pô, mandou muito bem nesse. Me arrepiei de emoção. Posso espalhar esse texto? =X

Ainda bem que vc é minha irmã, viu...

Beijos, Bek!

Anônimo disse...

Calculado*

Eu esperava algo do tipo desde o rádio. Enfim, isso não tira o mérito do texto... Mas acho que pode ser mais trabalhado...

*Perfeccionista*

=****

Anônimo disse...

WOW!

Que bizarro!

Mas eu gostei!

Final surpreendente!

=****

Histórico


as primeiras ideias...