Estava eu muito cansada para assistir às aulas chatas da faculdade e resolvi caminhar pelo campus, sem compromisso. Acredito que todas as aulas deveriam estar chatas naquela manhã, porque haviam muitos estudantes caminhando pelo campus, ou sentados conversando, enquanto, como eu, deveriam estar em suas salas de aula, fazendo anotações, talvez importantes, sobre um aspecto qualquer abordado por alguma das várias apostilas compradas no início do curso.
Não me demorei muito nessa análise sobre o que estariam fazendo eles ali, no campus, no horário de aula. Deparei-me com um balde de água, próximo à Biblioteca. De início não dei muita atenção à esse balde de água, ele me parecia inofensivo. Era um simples balde de água. Ele sequer estava cheio, possuía água apenas até a sua metade, água um pouco suja. Deveria estar ali há alguns dias, esperando que algum servente o utilizasse, ou guardasse.
Continuei andando pelo campus, mas, talvez por destino, quando resolvi me sentar, sentei-me ao lado do balde. Fato que só percebi depois de muito bem acomodada. Fixei-o por algum tempo sem pensar qualquer coisa e ainda sem imaginar qualquer significado para aquele balde, semi-cheio, ou semi-seco, que estava entre mim e a Biblioteca.
Levantei-me e fui para a parada do ônibus. Estava na hora de voltar para casa, tenho uma vida para cuidar, estudos a realizar, comida a comer e tantas outras coisas a fazer. O balde de água ficou lá, em frente à Biblioteca, não sei por quanto tempo. Semi-cheio, ou semi-seco. Penso que é ruim ser um balde.
7 comentários:
Hmm.. Filosófico...
Mas pra tu, o balde esta meio cheio ou meio vazio?
Beijos
Gostei da reflexão sobre a vida do balde... e fiquei pensando... realmente deve ser ruim ser balde... :(
sem uma "balda" para curtir a vida... :(
Bjos!
Te amo e te adoro.
L.H.P.
Tudo depende do ângulo em que você olha o balde... :P
Tá ótimo também! Estilo crônica.. ^_^
;***
Sim.... !!!!!!!!
atenção para a descoberta: somos todos baldes! Baldee! =P
Seres inertes, parados, semi-cheios, semi-vazios, nunca completamente tudo, nunca completamente nada. Mas e quando o balde secar? E se a água transbordar? É melhor ser um balde semi, ou um semi-balde.
Que comentário mais... balde!
ops! o anônimo sou eu: Thiago Fonsêca
ainda continuo axando que vc devia fazer um livro de cronicas.. e ter apenas um blog (ou nenhum) e fazer um zine!!!
rsrsrsrs
bjs
Postar um comentário