Uma a uma, as gotas caem e escorrem na rua
Uma a uma, respingam em meus cabelos
Uma a uma, escorrem em meus ombros
fracas
leves
evaporáveis
Uma a uma, continuam, reticentes
Uma a uma, cutucam-me, insistentes
Uma a uma, molham-me, inconsequentes
teimosas
repetidas
resignadas
Uma a uma, agrupam-se ligeiras
Uma a uma, tornam-se incontáveis
E, inúmeras, atingem-me o corpo
o pescoço
o colo
os laços
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Passo a passo, aproveito as primeiras gotas
Braço a braço, cubro o peito da chuva que se adensa
Mão a mão, limpo as gotas do meu rosto molhado
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